♫"Coloquei meu sapatinho na janela do quintal
papai Noel deixou meu presente de Natal
Como é que Papai Noel não se esquece de ninguém
Seja rico ou seja pobre, o Velhinho sempre vem..."♫
Infelizmente para Khan, Papai Noel quase nunca aparecia. Khan era um menino pobre, mas muito esperto. O Tio dele era zelador da escola do bairro e moravam juntos numa casa de favor atrás do pátio.
O Tio João participava de ONGs, grupos e pessoas que iam pros bairros pobres levar comida e brinquedos no Natal e fazia questão de sempre levar o garoto junto
- Khan, Papai Noel não vem na nossa casa pra nos dar o maior de todos os presentes. Todo Natal nós temos o privilégio de sermos os ajudantes dele e levar alegria para as crianças que são mais pobres do que nós.
Khan sabia que não era bem aquilo, mas o tio tinha razão. Para a família do Khan o Natal não era tempo de receber, mas sim de compartilhar. Ser ajudante de Papai-Noel era um privilégio. A parte mais gostosa do Natal pra eles era colocar aquele gorro vermelho e subir o morro no velho veículo. Tio João virava o clone do Bom Velhinho e Khan o seu Duende Chefe.
- E o Velho Brutus é o trenó, né?
Tio João piscava pro garoto que acentia. Brutus era o ônibus escolar que o Tio dirigia, todo velho e enferrujado. As vezes ele usava pra transportar coisas.
Tio João piscava pro garoto que acentia. Brutus era o ônibus escolar que o Tio dirigia, todo velho e enferrujado. As vezes ele usava pra transportar coisas.
Todo Natal era a mesma coisa. O menino bonzinho levava presentes para as outras crianças, mas nunca tinha ganho nada. Pelo menos nada de material e de especial. Nenhum brinquedo da moda como as outras crianças. Mas naquele ano ia ser muito diferente. Aquele ano estava destinado a marcar sua vida para sempre. E Khan sabia disso, sentia isso fortemente.
Uns dias antes ele tinha saído na pracinha para ver as estrelas e flagrou Demoiselle, a pterodátila, trazendo um embrulho no bico e o deixando nas mãos do tio. No mesmo momento, o menino já entendeu do que se tratava. Aquele embrulho pulsava vida, tinha cheiro de sonho realizado.
Nos dias seguintes, ele ficou rodeando o guarda-roupas onde o tio tinha escondido o presente. Chegava a ouvir um ruido gostoso de coração batendo atras da porta do móvel-ou o coração era o dele batendo muito rápido de ansiedade. Um dia achou a porta do guarda-roupa aberta e num ataque de curiosidade pós a cabeçorra lá dentro para ao menos ler o cartãozinho que acompanhava o embrulho e diminuir sua aflição:
"Ao meu querido netinho Khan,
De seu saudoso
Vô Lineu
-Direto de algum lugar do planeta"
O garoto ficou feliz com a surpresa, Vô Lineu era uma velho marujo, um verdadeiro Lobo do Mar. Marinheiro aposentado ele quase nunca via a a ele e ao filho pois vivia navegando. E sempre que podia mandava uma lembrancinha de algum lugar diferente do planeta. E vinham sempre com uma belo cartão postal. Khan virou para ver a outra parte do cartão e tinha estampado uma praia exótica, com rochas,coqueiros e um barco de junco
"Algum lugar do Oriente".Supõs.
Naquele mesmo dia uma estrela cadente caiu do céu e Khan pensou em fazer um pedido. Mas como seu maior sonho estava se realizando, decidiu trocar o pedido por uma promessa.
-Meu presente não vai ser só meu, mas de todas as crianças de todas as idades. Vou fazer o possivel para que com ele possa distribuir ao mundo toda alegria que sinto agora.
Nos dias seguintes, ele ficou rodeando o guarda-roupas onde o tio tinha escondido o presente. Chegava a ouvir um ruido gostoso de coração batendo atras da porta do móvel-ou o coração era o dele batendo muito rápido de ansiedade. Um dia achou a porta do guarda-roupa aberta e num ataque de curiosidade pós a cabeçorra lá dentro para ao menos ler o cartãozinho que acompanhava o embrulho e diminuir sua aflição:
"Ao meu querido netinho Khan,
De seu saudoso
Vô Lineu
-Direto de algum lugar do planeta"
O garoto ficou feliz com a surpresa, Vô Lineu era uma velho marujo, um verdadeiro Lobo do Mar. Marinheiro aposentado ele quase nunca via a a ele e ao filho pois vivia navegando. E sempre que podia mandava uma lembrancinha de algum lugar diferente do planeta. E vinham sempre com uma belo cartão postal. Khan virou para ver a outra parte do cartão e tinha estampado uma praia exótica, com rochas,coqueiros e um barco de junco
"Algum lugar do Oriente".Supõs.
Naquele mesmo dia uma estrela cadente caiu do céu e Khan pensou em fazer um pedido. Mas como seu maior sonho estava se realizando, decidiu trocar o pedido por uma promessa.
-Meu presente não vai ser só meu, mas de todas as crianças de todas as idades. Vou fazer o possivel para que com ele possa distribuir ao mundo toda alegria que sinto agora.
E dormiu feliz e sossegado.
Você Sabia?
Demoiselle (ou La Libellule) era o nome de uma maquina voadora inventada pelo brasileiro Alberto Santos Dumont em 1907. Tinha esse nome porque lembrava uma libélula gigante quando em vôo.